Give Me Voice. Este é o apelo de Omran, por não ter tido a liberdade de escolher a cidade em que nasceu e a possibilidade de viver em segurança; de Aylan, que nem sequer teve a oportunidade de crescer, brincar e de correr como qualquer outro de nós; de Bana, por viver todos os dias atormentada pelo medo de não conseguir chegar a casa; de Fatemah, por viver no desespero de não conseguir manter os seus filhos em segurança.

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  Eles não têm voz; mas nós temos. E assim nasce o Give Me Voice, na necessidade de levantar a voz, por mais pequena que seja, e de lutar pelos direitos, liberdades e garantias deles, que também são as nossas. Tal como está definido no artigo 14º. da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países”. É uma luta, sim, pelos nossos Direitos enquanto Humanos e pelo princípio da igualdade.

  Na Convenção de Genebra de 1951, onde foi acordado o Estatuto dos Refugiados, como também no Protocolo de 1967, foram estabelecidos os padrões básicos para o tratamento dos refugiados. Nenhum refugiado deve ser discriminado e nenhum país deverá expulsar um refugiado, contra a vontade do mesmo, em qualquer circunstância, para um território onde o mesmo sofra perseguição. Cabe a cada Estado aderente o dever de assegurar a proteção dos refugiados, tendo esta de ser obtida necessariamente por meio de cooperação internacional.

  O Give Me Voice compromete-se, assim, a sensibilizar a sociedade em que estamos para esta realidade e a dar voz aos que a perderam. Pretendemos envolver escolas, universidades, grupos estudantis, associações e todos aqueles que sintam esta nossa necessidade de ajudar.